É tempo de mudanças e transformações em “Bridgerton”. A terceira temporada de uma das séries mais populares da Netflix chega nesta quinta (16) à plataforma com quatro episódios - os outros quatro que completam a temporada chegam em 13 de junho - e muitas novidades para os personagens.
Com todos falando em mudanças, talvez a maior delas ocorra para Penelope (Nicola Coughlan) e Colin (Luke Newton), que finalmente encontrarão o amor em uma trama adiantada do quarto livro. “Era o momento certo”, pondera Nicola, em entrevista por vídeo concedida por ela e Newton a este que vos escreve.
A crítica da terceira temporada de “Bridgerton” vem no dia da estreia da série, mas a entrevista com Nicola e Luke você pode ler abaixo. Entrevistas com outros nomes importantes do elenco virão nos próximos dias. Assine a newsletter ou volte aqui diariamente (ou os dois) para conferir mais conteúdo.
Apesar de ser baseada em uma série de livros, Bridgerton não necessariamente segue a ordem. Quando você descobriu que a terceira temporada seria focada na sua personagem? Que mudanças os fãs podem esperar dos personagens nessa temporada?
Nicola Coughlan: No começo da segunda temporada. Os produtores chamaram eu e o Luke e disseram sentir que a terceira temporada era o momento certo para Colin e Penelope, porque já eram personagens bem desenvolvidos, o público já os conhecia. Se enrolasse muito, poderia perder esse momento.
Luke Newton: Eles estão em caminhos distintos e acham que as interações entre eles serão diferentes, mas já havia a tensão. No clipe que foi divulgado antes da estreia, a reação do público foi incrível.
Por que eles não se entendiam antes?
Nicola: É um caso clássico de pessoa certa no momento errado. Quando os conhecemos, na primeira temporada, eles são quase crianças, eles não estão prontos. Na segunda temporada Penelope dá uma viajada (risos) achando que o Colin está apaixonado por ela, mas ele não está nessa, ele tá curtindo a vida de solteiro. Na terceira temporada é importante que eles descubram como se amar antes que possam amar qualquer outra pessoa.
Luke: Acho que tinha muita pressão na sociedade para que eles vivessem de determinada maneira. As pessoas esperavam que os rapazes estivessem um pouco mais velhos para ficar com garotas mais novas. Como Colin tem muitos irmãos, ele tinha que esperar seu momento para “encontrar o amor”. Então ele viaja, faz negócios, tenta encontrar seu lugar no mundo antes de se ajeitar.
“Bridgerton celebra felicidade e amor. E num mundo tão cínico como o nosso, a série é algo popular porque entrega às pessoas o que elas querem, sem ter vergonha disso.”
Nicola Coughlan
A dinâmica de amigos a amantes é muito comum em romances e comédias românticas, mas Bridgerton tem um frescor, algo diferente nessa dinâmica?
Luke: Acho que esse estilo de realeza exige comportamentos diferentes que garantem esse frescor. É divertido ter esses elementos mais clássicos, mas mantendo tudo como uma comédia romântica.
Nicola: Acho que outro elemento de Bridgerton é que ela celebra felicidade e amor. E num mundo tão cínico como o nosso, a série é algo popular porque entrega às pessoas o que elas querem, sem ter vergonha. Nós apenas vamos lá e entregamos 100% do que o público espera.
Vocês têm muita química em tela. Penelope e Colin são divertidos, são adoráveis, mas tem tensão sexual, uma faísca… Por mais que você se conheçam há anos, como foi o desenvolvimento dessa nova relação para a temporada?
Nicola: Como você disse, nós nos conhecemos há muito tempo, mas algora parece ser muito diferente. Acho que conheço o Luke mais de perto agora (risos). Eu tive que aprender a ter uma fisicalidade mais controlada com a outra pessoa. É algo grande e requer muita confiança mútua. Nós filmamos por oito meses, então você vai ter dias bons, dias ruins e precisa de ter um parceiro ao seu lado. Luke foi um parceirão!
Luke: Tem algo em passar tanto tempo com uma pessoa, é algo que já vivemos e testemunhamos por duas temporadas. Ninguém pode entender o que aquelas pessoas estão vivendo, incluindo uma preparação de dez meses para criar essa história de amor. É isso o que você vê em tela… Cada um tem seu processo, mas nos entendemos de uma maneira diferente.
“Lady Whistledown permitiu Penelope ser independente da família e dos amigos, algo que mostrou como ela é poderosa, engraçada e capaz”
Nicola Couhglan
Por que a Lady Whistledown é tão importante para Penelope mesmo depois de tudo o que ela passou?
Nicola: Foi a primeira vez na vida que ela encontrou sua voz, algo que a permitiu ser independente da família e dos amigos, algo que mostrou como ela é poderosa, engraçada e capaz. Tem uma fala, que tá nos livros e na série, então não é minha (risos), que diz “meus pensamentos se perdem entre meu coração e minha boca, e eu acabo dizendo a coisa errada ou não dizendo nada”. Mas como Whistledown ela é poderosa e nem todo mundo entende isso. Eu tive que entender o que isso significava para ela.
Todos os personagens falam em mudanças o tempo todo. Vocês acham que é o grande tema da temporada?
Luke: Gosto de pensar assim, é uma boa maneira de pensar… A nossa história mesmo já uma grande mudança, mas todos os personagens estão passando por isso. Violet, por exemplo, passa por muitas mudanças. Cada episódio tem mudanças para personagens diferentes, uma nova dinâmica sobre a sociedade, sobre o nosso lugar nela. Acho sim que é um importante tema nesta temporada.
Todo mundo ama uma história de “azarão”. Vocês acham que isso vai aproximar o público do romance de Penelope e Colin?
Nicola: Colin e Penelope são personagens com os quais é fácil se identificar. Eles se sentem meio escanteados, meio mal-compreendidos, não se sentem exatamente parte de suas famílias e estão sofrendo para encontrar seus lugares no mundo. Eles acabam escondendo quem são. Nessa temporada as pessoas vão ver quem são eles de verdade. Essa é a beleza de “Bridgerton”, porque são muitos personagens e muitas histórias para que todo mundo possa se identificar com ao menos uma delas.
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